Discussão bafienta

O que sobressai da nossa vivência diária é a inexistência de qualquer interesse na monarquia. Que é indiferente trocar o presidente pelo rei, a república pela monarquia, colocar a coroa em cima das quinas e mudar do vermelho e verde para o azul e branco. A nossa vida não muda por haver um rei, a vida da nossa família não se altera, nem a dos que nos são próximos, nem sequer a dos milhões de seres humanos que vivem neste país melhora por existir um rei. Não sou republicano, mas sou forçado a concluir que é indiferente termos uma república ou uma monarquia. Na verdade, se vivemos com a primeira, não há que perder tempo com a segunda.

Mas há monárquicos. Há monárquicos que despertam no 5 de Outubro e também no 1.º de Dezembro e suspiram no dia 1 de Fevereiro. Escrevem, lamentam, orgulham-se e sentem-se importantes. Porquê? Porque acreditam numa coisa que não interessa a ninguém. Nem a eles. E porque não interessa a ninguém, nem a eles, consideram-se generosos na sua causa, inútil, mas louvável. Louvável porque lhes tira tempo, toma esforço e não leva a lado nenhum.

O problema da monarquia é Portugal ser demasiado unificado. Só tem um povo, uma língua, uma história e sempre as mesmas fronteiras. Nada muda desde D. Dinis, tal como nada se alterou no 5 de Outubro. Não somos a Espanha, nem a Bélgica, nem o Reino Unido. O que nos une somos nós e não a família real. O azar da monarquia foi termos percebido que não precisávamos dela para continuar a ser o que sempre fomos.

O passado devia ficar para sempre arrumado. Não se mexer para não levantar pó. Com os monárquicos não tem sido assim. Há saudade. Homens e mulheres que sonham com algo que nunca viram, nunca viveram e jamais vão saber como é. Estão sempre a ajustar contas com a história. À procura de pormenores insignificantes, de interpretações esquecidas, a recordar momentos perdidos. A perder as estribeiras com um assunto morto e enterrado há anos. A perder as estribeiras com algo que não nos ajuda em nada, não nos acrescenta em nada, não nos melhora em absolutamente nada. Um brutal desperdício de tempo, de inteligência e capacidades.

A República foi um equívoco, não tenhamos dúvidas, mas um equívoco sem importância. Um equívoco irrisório, depois do qual se manteve tudo como até então, como até agora e como sempre será. A discussão monarquia/república, o desperdício que é a sua entrega, lembra-me o cheiro a bafio. Aos livros bafientos que perderam o seu valor, actualidade e mais-valia. Todos falam do vazio e para o vazio não há resposta. Só estupefacção. E um encolher de ombros.

25 pensamentos sobre “Discussão bafienta

  1. “O problema da monarquia é Portugal ser demasiado unificado. Só tem um povo, uma língua, uma história e sempre as mesmas fronteiras. […] O azar da monarquia foi termos percebido que não precisávamos dela para continuar a ser o que sempre fomos.”

    A Dinamarca (e provavelmente a Suécia e a Noruega) contradiz esta asserção de que a monarquia só sirva para unir a pluralidade cultural e linguística.

    “O passado devia ficar para sempre arrumado.”

    Um comunista poderia dizer o mesmo antes da queda do Muro de Berlim; o que os países de Leste fizeram na década de 90 foi, em boa medida, reencontrarem instituições e símbolos nacionais que haviam deixado suspensos no seu passado.

    “Homens e mulheres [os monárquicos] que sonham com algo que nunca viram, nunca viveram e jamais vão saber como é.”

    Pois é: como não aceitam a “ditadura do presente” e o futuro é desconhecido, estudam o passado e reflectem sobre ele. É uma forma de casarem a teoria com o único concreto que já está disponível à aproximação empírica.

    “A perder as estribeiras com um assunto morto e enterrado há anos.”

    Temo-nos esforçado para que assim não seja. Porque o que é certo não pode ficar “enterrado”.

    “Aos livros bafientos que perderam o seu valor, actualidade e mais-valia.”

    Espero que não inclua aqui, pelo menos, a Bíblia e Aristóteles.

  2. E por que será que os dinamarqueses, os holandeses, os suecos, até os luxemburgueses precisam de um rei? Para se sentirem unidos? E que dizer da Alemanha e da Itália, estados recentemente inventados? Como sobrevivem eles, coitados, sem um rei?
    Os materialistas, marxistas ou liberais, não conseguem pensar noutros termos, senão na necessidade, na utilidade. O certo é que a monarquia é como a poesia ou a filosofia: nada mais útil do que estas inutilidades.

  3. Subscrevo em grande parte. Senti a inutilidade da discussão que precedeu as últimas presidenciais. No entanto não fui indiferente ao desfecho. Acho que se trata da imagem do país. É como sentir-se bem ao olhar para o espelho. E neste momento a nossa imagem é bastante terceiro-mundistas.

  4. Caro Luís,

    obrigado pelo seu comentário.

    Não se compara a recuperação dos simbolos nacionais feita pelos povos de leste com a causa monárquica portuguesa. Também eu gostava que Portugal tivesse um rei. Que não se cantasse ‘A Portuguesa’, a badeira fosse azul e branca e por aí fora. Já dei inclusivé para esse peditório. Mas há prioridades. Ademais, acredito que a alma nacional de que os monárquicos falam está essencialmente nas pessoas. Não gostam dela? Pouco há a fazer. A monarquia é popular? Olhe para os monárquicos à sua volta e diga-me se acredita nisso. Os monárquicos não têm dado grande ajuda à causa.

  5. André, a comparação só serviu para refutar que as coisas do “passado” tenham de lá ficar (e, já agora, lembrar que tudo tem um passado). Li muita coisa que se escreveu no século XX, mesmo em Portugal, considerando o liberalismo uma coisa do século XVIII que não pertencia ao maravilhoso mundo novo que aí vinha ou já estava. De maneira que minorar esse tipo de argumentação foi para mim uma questão de sobrevivência da minha (pouca) sanidade intelectual.

    Devo esclarecer – e isso pode ser verificado aqui – que a minha adesão à instituição dinástica não tem nada a ver com a “alma nacional” que refere e que eu não sei o que seja. Quanto às prioridades, em princípio, de acordo. Mas quer que os defensores de uma chefia de Estado dinástica fiquem à espera de quê? Que o País seja salvo do Estado Providência? Só pode esperar isso quem não valoriza à partida a questão da chefia de Estado como a colocam os “monárquicos”, sobretudo aqueles que a entendem como parte importante de um problema constitucional mais vasto. E creia-me que essa não será a única “distracção” que se pode apontar a liberais – outros, não monárquicos, andam bem distraídos com causas cuja prioridade tenho dificuldade de vislumbrar…

    Há “monárquicos” à minha volta que dão pouca dignidade à causa? E não há sempre em todas as causas aqueles que lutam por boas ideias pelas más razões? Mas, se assim é, cá estamos para dar delas um testemunho mais limpo e mais direito.

    Abraço.

  6. Caro André: desiludi-me não tanto o conteúdo mas a forma arrogante como afirma as suas ideias. E esse problema de facto é meu. Quanto ao resto está muito enganado no seu pretensioso julgamento (uma perigosa generalização) dos monárquicos… Só pode ser porque não conhece muitos.

  7. Luís,

    Quanto ao primeiro ponto da referência ao “passado” compreendi o seu ponto de vista.

    Já no que diz respeito ao segundo (2.º parágrafo do seu comentário) tenho pena (que fui sentindo ao longo dos anos) por ver os monárquicos tão afastados dos problemas reais. Poderiam defender políticas mais vastas demonstrando que compreendem os problemas dos cidadãos. Por exemplo, fazendo ver que com uma monarquia o Estado teria mais respeito com as liberdades individuais. Embora acredite que isto seja verdade, há um enorme desfasamento da realidade. É pena que este desfasamento exista agora, como foi pena que tenha manifestado no Estado Novo.

    E depois, Luís o que pretendo dizer no ‘post’ é isto mesmo: O país tem imensos problemas. Todos mais importantes que a república. Se os podermos resolver, mudando também a república, tudo bem. Caso isso não seja possível, caso só consigamos melhorar em alguimas coisas, que sejam as mais importantes, as que nos dizem directamente respeito, deixando a monarquia para outra oportunidade.

  8. Caro João Távora,

    Lamento que conclua qualquer arrogância da minha parte. Erro meu de que me penitencio. A minha crítica não é à instituição monárquica. A minha crítica é à irrelevância da mesma quando comparada com outros problemas que afligem as pessoas. A minha crítica é à entrega fervorosa à causa monárquica que, não pretendo ofender, me parece insensata.

  9. Nuno A. G. Bandeira

    Eu acho que se está contente com o que a república oferece então posso dizer que você é o típico português. Contenta-se com o que lhe dão para a boca sem reclamar. No actual cenário da globalização contenta-se em ser uma república das bananas ?

    Portugal nunca teve uma legitimação da república ao contrário de países como a Grécia ou a Itália (esta última por poucos votos). Acha que é inútil tentar legitimar a república ? Acha que é inútil construir algo de novo para o país ?

    Se acha que a monarquia só serve para unir as pessoas de génese cultural ou línguas diferentes então tenho que concordar que tem uma visão muito estereotipada da monarquia ou até da chefia de estado. Percebo a referência ao bafio se pensar apenas em fadistas e toureiros mas a monarquia e os monárquicos vão muito além disso.

    Conhece o pensamento monárquico do século 20 ? Alfredo Pimenta, António Sardinha, Barrilaro Ruas ou até mesmo Fernando Pessoa dizem-lhe alguma coisa ?

    Acho que falar barato é fácil agora acho que vale a pena pensar sobre o que se diz.

    Desgostar de alguns monárquicos é fácil. Eu também o faço. Mas não confunda o conteúdo pela forma.

  10. António Bastos

    Começo por dizer que sou estruturalmente monárquico. Lamento profundamente que o André tenha da questão do regime uma visão puramente estética. O André não compreendeu o que estava em jogo com a queda do muro de Berlim. Desde já lhe pergunto: se é apenas uma questão de ordem estética porque é que os republicanos (que eram meia dúzia de “gatos pingados”) criaram uma organização terrorista como a Carbonária para, entre outras coisas, assassinar o Rei D.Carlos e o Principe Real D. Luis Filipe? Porque nunca referendaram o regime? Nunca lhe ocorreu que a centralização inerente a um regime centralizador, porque ilegítimo (daí ser incapaz de respeitar o princípio da subsdiariedade), é o que está na génese do problema da incontrlável despesa pública? Nunca lhe ocorreu a similitude da nossa situação com a da França, modelo do nosso regime maldito?Nunca compreendeu que todo o poder tem de ser limitadao pela lei e que a Instituição Real, exactamente porque não foi eleita (não deixando no entanto de estar submetida à lei, como qualquer mortal) é um obstáculo à cupidez da classe política. Eleger o Chefe de Estado é ficar refém da partidocracia na medida em que este provém invariavelmente deste universo. Já Bonald dizia que “quando se põe o povo como soberano este fica refém de todos os intriguistas”. Somos as ´”alimárias” da classe política. O regime que temos em Portugal é, como sabe, fruto da Revolução Francesa que está igualmente na génese do totalitarismo do sec. XX, isto é do socialismo na sua vertente nacionalista, vulgo nacional-socialismo, ou na sua vertente internacionalista, vulgo comunismo. Procure aprofundar mais estes assuntos. Saudações monárquicas

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  12. pestrado

    A questão é que o país está feio, tudo mal construíudo e a bandeira é horrorosa e inspira vergonha. É feia. As cidades estão sujas e feias pela mão implacável de engenheiros sem um pingo de gosto e as aldeolas, essas, estão todas espatifadas com alumínio e casas perfeitamente assassinas. Quer queiram quer não, Portugal só existe num plano estético (artístico, turístico, grastronómico), porque de resto não temos nada para dar nem para nos sustentar a nós próprios. A estética é tudo. Portanto mudar a Bandeira era essencial – se for preciso voltar à monarquia para ter uma bandeira bonita então vamos lá.

  13. toni

    Basta ver a quantidade impressionante de votos do PPM para ver o enorme interesse que a reinstauração da monarquia desperta no publico.

  14. Eu compreendo o ponto de vista do André. É mais ou menos o do Pessoa, que dizia que era monárquico mas «votaria, embora com pena, pela República». Tanto quanto percebi, no entanto, o André não votaria em nenhum dos regimes. Uma espécie de laisser faire laissez passer. Compreendo-o mas não aceito. Sou monárquico com brio, mas gosto de me demarcar desses monárquicos que refere, e bem, aos quais o desejo de uma monarquia moderna e desempoeirada nada deve. A pretensiosidade dos monárquicos portugueses tem à cabeça uma pessoa como o Câmara Pereira… ele define bem este grupo de pedantes, inócuos, intelectualmente vazios e profundamente conservadores. Valha-nos que no sentido oposto, no seio dos poucos republicanos que existem neste país (os que vão às comemorações do 5 de Outubro e do 31 de Janeiro), o panorama não é melhor: a trupe que engavetou o Aquilino Ribeiro e que frequenta os salões dos Grémios Maçons é toda feita de homens profundamente sinistros. E claro, como quase todos são políticos, podemos adivinhar que a sua formação se paute por uma total ou quase total ausência de escrúpulos.
    Portanto, meu caro amigo, nunca votaria pela República. Não pelo regime em si, que os há bons e que se recomendam. Mas pelo país em que estamos e pela época em que nos encontramos. A república, em Portugal, não é um mal menor. É um mal, ponto final. A desfaçatez com que este regime tomou conta do poder (e não gosto de julgar a História, nem os seus actores, deviamos isso sim enveredar por um discurso de Futuro) é de tal forma abjecto que me deixa angustiado: aproveitar-se de um país analfabeto, iliterato, de gente fraca, não politizada, do homicídio do Rei e do Príncipe e da ajuda do poder estrangeiro (dos ingleses, esses sempre nossos grandes “amigos”!) para que meia dúzia de burgueses tomassem conta do cofres do Estado convencendo outra meia dúzia das vantagens salvadoras do regime é digno de integrar a lista dos grande crimes da Humanidade. Noutros países, noutros contextos estes crimes seriam julgados. Aqui foram varridos para debaixo de uma bandeira nova, de um hino que exalta o brio patriótico, com a ajuda de uma selecção nacional de futebol. Há uma pergunta que eu faço constantemente, mas à qual ninguém me sabe, ou não quer, dar resposta: se a bandeira verde-vermelha é a bandeira de Portugal, por que é que em 1910, Portugal mudou de bandeira. Pode parecer infantil a pergunta e o raciocínio, mas prova até que ponto a bandeira republicana serviu para acomodar nos arquétipos portugueses a noção de novo país, «fanado no estrume do 5 de Outubro», adaptando uma frase de A. Saraiva…
    Em 1910 morreu a liberdade e a democracia conquistada pelos Bravos do Mindelo, em 1834, e esta liberdade só foi reconquistada em 1974. Por isso a República não é, nem pode ser, desculpabilizada com um encolher de ombros.
    Cumprimentos

  15. Pingback: Bafienta pode ser, mas há que discuti-la. « ¶ o breviário

  16. Caro Nuno Resende,

    Eu votaria na monarquia. Sucede que essa questão não se coloca. Os benefícios da monarquia são mínimos quando comparados com os que advêm da resolução de problemas mais graves.

    A comprovar este facto está o desinteresse que esta questão suscita. Ela é um bom motivo para conversa de café, para escrever um ‘post’, para uma agradável troca de comentários no blogue mas, por enquanto, fica-se por aí. Talvez mais tarde.

  17. Lamento que pense assim. Se calhar os problemas mais graves, os que estão próximos de nós, não se resolveriam com a monarquia, mas os de fundo e que, por linhas travessas, contribuem para a existências dos problemas mais graves, talvez fossem anulados pela existência de um regime mais estável.

  18. Nuno A. G. Bandeira

    Caro Nuno Resende,

    Mal de nós se o Câmara Pereira representasse os monárquicos em qualquer sentido. O PPM é actualmente uma pequena máfia, um negócio de família, sem qualquer significado, que se conseguiu eleger graças a um pequeno golpe político no PSD.

    Os elementos que realmente foram a alma do PPM como Ribeiro Telles ou Nuno Cardoso da Silva já há muito deixaram o partido.

    É um erro comum confundir-se os monárquicos com o PPM ou o Câmara Pereira. O partido actualmente é uma fraude.

  19. Eu não sei se o André entendeu inteiramente que, para alguns monárquicos, o problema do País é de natureza constitucional. Ninguém diz (acho eu) que a restauração da monarquia iria resolver os problemas a que se refere como liberal (porque, para outros que o não são, os seus “problemas” não existem e existem outros). Ora, para liberais monárquicos, só uma aproximação ao problema do Estado Providência, por exemplo, que coloque em cima da mesa questões de fundo de organização do Estado serão sólidas e duráveis. Do meu ponto de vista, a questão da chefia de Estado é importante não só em si mesma, mas provavelmente sobretudo porque tem de estar bem articulada com uma instituição parlamentar mais representativa, fiscalizadora e eficiente – o que tem implicações na concepção que temos da independência do judiciário e por aí fora… Ou seja, é precisa uma reflexão global de natureza constitucional e eu julgo que a tradição monárquica constitucional é a melhor posição para ela se fazer. É pena que o André desista de um exercício desses – que poderia fazer com “like-minded people” em nome de soluções mais parciais e imediatistas que, perdoe-me, podem ser ilusórias (e “desligadas da realidade”). Abraço.

  20. leonidas

    Nem a monarquia foi um equivoco nem a republica o é.
    Ausentarmo-nos de saber o que poderia ter corrido bem nos ultimos 100 anos, não adianta e conduz á repetição do erro.
    O povo em geral quer poder viver e trabalhar sem que para isso tenha de dispender parte do seu tempo a resolver aquilo para o qual elege um governo e paga impostos. Quando a administração aumenta o grau de exigência sobre a população, seja atravéz da burocracia impostos ou obrigações, qualquer cidadão pode-se questionar sobre a real utilidade de sequer haver um Estado
    A ausencia de rumo é uma constante nas republicas e repare-se no caso do parque Mayer.Um autarca consciente teria assumido as escolhas da administração anterior.Mas como vivemos num sistema partidário não existe esse travão ético, qualquer executivo pode-se desculpar com aquilo que a administração anterior fez e não ter a coerência de atribuir mérito ao que anteriores governos fizeram…tudo intelectualmente ofensivo quando se sabe que um plano de investimento pode demorar 20 anos a dar resultados.
    O orçamento em Portugal inclui o plano de investimentos e toma a forma de lei, o que significa que em AR um governo maioritário pode aprovar o orçamento que quiser sem que haja qualquer poder que faça o equilibrio…poderia um Rei já que a logevidade com o conhecimento da maquina administrativa permitem que mesmo um rei com fracos poderes possa bloquear interesses lesivos á nação…mas pode um presidente num sistema semi-presidencialista?
    Tecnicamente ninguém pode ,o que conduz á guerra de estatisticas que temos assistido, com secretários de estado a fazerem conferências de imprenssa para divulgarem dados de crescimento que o proprio BP contradiz

    Ou seja o debate sobre a monarquia e republica é actual e se-lo-á enquanto se insistir na ideia de que o passado não interessa
    Mas interessa porque hoje atravessamos os mesmos problemas de á 200 anos, 150, 100…que nos recusamos a ver

    Portanto ou somos cegos ou burros ,se insistrimos nesta recusa…em ambos os casos dou-lhe razão, porque são ambos bafientos

    bem haja

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