Faith is about struggle, about having confidence precisely when the odds are the worst. Faith is the capacity to believe in what is simultaneously necessary but improbable.
KAPLAN, Robert D., On Forgetting the Obvious, The American Interest, July/August 2007, p. 11.
The 9-11 hijackers had several characteristics in common.
The most terrible one is that they were all men of faith. The reason they flew planes into buildings is because they had faith, and believed in what they were doing. The reward after death for them and their families and the glory of martyrdom. So yes faith is about struggle. The kind that gets innocent people killed.
Uns homens de fé causaram uma atrocidade => A fé mata gente.
Impec.
Por acaso estás a presumir incorrectamente o ponto que pretendia frisar.
Onde é que nós colocamos a fasquia e dizemos: «These faiths are bad, and these faiths are good?» A resposta é simples. Quando gostamos dos «outcomes» das respectivas fés.
É precisamente esta a fonte da moderação religiosa. Um processo gradual de secularização ao longo de muitos anos enquanto a religião foi descartando selectivamente os dogmas cujos resultados seriam incompatíveis com uma sociedade civilizada. Para dar um exemplo concreto e leve: Os 10 mandamentos são frequentemente invocados por Cristãos, e são ainda o 2º mais importante item bíblico a seguir aos «beatitudes». Contudo a Igreja Católica e os seus fieis já não fazem questão de recordar que os castigos inequívocos reclamados pela bíblia pela violação de qualquer um dos mandamentos, é a morte, ironicamente.
A person’s convictions about a wide array of issues, including morality, should be proportional to one’s evidence. When we have reasons for what we believe, faith becomes obsolete. And often, dangerous. A quick glance at the current state of the Arab world and it’s rampant Jihadism, and I dare say that it currently threatens to destroy us all.
Eu faço o reparo que nem o AAA nem o Kaplan, nesta citação, fazem tal distinção (“fés boas”/ “fés más”). A fé é pois uma ferramenta mental poderosa – para o bem e para o mal. Quanto à subjectividade desta avaliação, objectivamente discordo. Uma fé que motive o assassínio de inocentes é objectivamente má. Crimes são crimes independentemente de poderem ser motivados por uma qualquer fé.
Não há nada que eu alguma vez tenha escrito ou dito sobre a avaliação da fé, que seja subjectivo. Como dizes, uma fé que motive o assassínio de inocentes é objectivamente má. Mas este facto mantém-se paralelo em relação a outro: O que é objectivamente bom ou mau, tem de ser abordado por uma discussão racional e empírica sobre moralidade, sofrimento, prazer, ética, valores, etc. Discussão esta, para o qual a fé não dá qualquer contributo relevante. O argumento do «Eu tenho um amigo imaginário que tem sempre razão» é intelectualmente intolerável em qualquer arena.
Ora tendo que a fé é incapaz de dar este tipo de contributo efectivo, apesar da nossa história ser dominada pelas suas tentativas, quando o faz, é geralmente senão sempre, de uma forma arbitrária. Quando a moralidade é arbitrária ela deixa de ser moral. Daí as convicções terem que ser proporcionais às provas. Mesmo quando os resultados de uma fé são objectivamente boas, estamos a fundamentar essas boas acções, pelas piores razões.
Again, when we have reasons for what we believe, faith becomes obsolete. This is why we have separation of church and state.
Again, when we have reasons for what we believe, faith becomes obsolete. This is why we have separation of church and state.
A separação entre as igrejas e o Estado deve-se à imposição liberal que o Estado não discrimine entre fés, ou que a elas seja indiferente— para que todos os indivíduos sejam iguais perante a Lei e que não seja a sua consciência avaliada, mas sim as suas acções. Nada tem que ver com epistemologia. Indiferença perante as fés.