A construção do Centro Cultural de Belém foi decidida no início de 1988. A ideia era levantar de raiz uma estrutura que pudessse acolher, em 1992, a presidência portuguesa da União Europeia, permanecendo como um forte pólo dinamizador de actividades culturais e de lazer.
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Mesmo sem dois dos cinco módulos inicialmente previstos, o CCB ocupa hoje uma área de construção de 97 mil metros quadrados, distribuída em seis hectares separados por duas ruas internas e unidos por um caminho pedonal que cria uma continuidade com a Praça do Império, negando a tradicional separação entre o interior e o exterior. É uma pequena cidade, com jardins, lagos, pontes, rampas, cantos e recantos onde se destaca, pela sua nobreza, a Praça do Museu.
Orçamento: 31,5 milhões de euros.
Custo: 200 milhões de euros.
Nota: quem visita o CCB facilmente perceberá a escassez de habitantes desta “pequena cidade”.
Insurjo-me não só quanto à derrapagem das contas, coisa usual e mesmo constante, nem quanto ao destino do CCB enquanto futura residência da colecção do comendador Joe e pouco mais, mas no que toca a o CCB não ter nascido uns bons 20 metros mais a poente.
E parece um bunker de Saddam. Palácios dele são bem mais interessantes.
»»Orçamento: 31,5 milhões de euros.
Custo: 200 milhões de euros.»»
Caro BZ
Parece-me que os valores são em Contos e não em Euros, ou seja 5 vezes superiores.
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Mentat,
Os valores foram convertidos para euros a partir de um antigo artigo do Expresso (6,3 e 40 milhões de contos, respectivamente).
Nota: anos atrás afirmava-se que o Governo de Cavaco Silva escondeu o prejuízo real, que se suspeitava ser bastante maior!
“…Governo de Cavaco Silva escondeu o prejuízo real…”
Só pode!
40 milhões de contos correspondia a 412 contos por m2 de construção…
“Aquilo” teve de custar mais do que isso…
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Era (é) apelidado do “sarcófago de Cavaco”! Qual Ramsés.
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