Temos dois pontos de venda, um em Lisboa, outro no Porto. No dia 26 mantivemos ambos abertos e foi o segundo dia com maior facturação no ano. Em Lisboa nas ruas em volta todo o comércio se encontrava aberto, no Porto estava tudo fechado.
Quando intelectuais avulsos se perguntam a que se deve o declínio do Porto e das suas gentes deviam olhar para a massa que os cerca. O que é feito da ética de trabalho que caracterizava os portuenses? Morta, enterrada, paz à sua alma. Já nem o exemplo do Estado nos acode.
Sou portuense e choca-me o declínio desta região.
Devo dizer que concordo com o espírito do post. Os primeiros responsáveis pelo declínio do Porto são os portuenses, que têm vindo a perder o espírito inconformista que sempre caracterizou a cidade. O Porto sempre se fez à custa do esforço próprio – nunca esperou pelo Estado ou por Lisboa para se desenvolver. Neste momento, esse espírito está pelo menos adormecido. Pessoas como o Belmiro de Azevedo são exemplos cada vez mais isolados.
Acrescento ainda que normalmente utilizo o comboio para vir trabalhar. Hoje, trouxe o carro. As ruas estão desertas! Parece que toda a gente está de férias. Onde normalmente se encontra filas intermináveis, hoje só se para nos semáforos! Estranha crise…