Mais trapalhadas da “taxa Costa”

Na TSF

As taxas foram aprovadas ontem à noite na Assembleia Municipal. A Associação Representativa das Companhias Aéreas a operar em Portugal, que representa 70% do tráfego em Lisboa, ainda tinha esperança que existissem mudanças. Agora não percebe como é que o município pretende cobrar esta taxa.
A Associação que representa 18 companhias aéreas como a TAP, a Luftansa, a Air France, a Iberia, a British Airways ou a Emirates diz que estas ainda não foram contactadas pela Câmara de Lisboa.

O diretor-executivo, António Moura Portugal, deixa no entanto um aviso, «não contem com as companhias aéreas para tomar qualquer parte nisto. Desde logo, porque é impossível do ponto de vista técnico. As companhias aéreas não tem nenhum campo com nenhuma identificação dos turista nos bilhetes.(…)

As companhias aéreas recusam, ainda, incluir esta taxa lisboeta nos bilhetes. A não ser que a câmara pague pelo serviço e mesmo assim é difícil. A associação que representa 18 companhias aéreas acredita que os custos para cobrar a taxa não vão compensar a cobrança de um euro.

8 pensamentos sobre “Mais trapalhadas da “taxa Costa”

  1. tina

    Faz lembrar quando o aeroporto de Lisboa resolveu que os passageiros tinham de pôr uma moeda de 1 Euro nos carrinhos das malas. Andavam todos os passageiros aflitos, ou porque ainda não tinham trocado dinheiro para euros, ou não tinham moedas… Se calhar é essa medida que o génio Costa vai sugerir a seguir, que os passageiros paguem 1 euro no aeroporto!… E depois até é mais fácil ver se são ou não turistas. Todos os que tiverem olhos azuis pagam a taxa e não refilam. Os louros também. Se tiver cabelos castanhos e olhos azuis, só paga 50 cêntimos. Se tiver cabelos castanhos e olhos castanhos, mas não souber falar português também paga. Se calhar até era melhor fazer-se um pequeno teste de português, só para tirar dúvidas.

  2. Luís

    Como é possível que esta gente anuncie medidas sem fazer antes estudos técnicos que demonstrem a sua viabilidade e a eficácia da sua aplicação prática? Em Portugal decide-se, depois logo se vê. Com tanto amadorismo saloio somos o pagode da mundo desenvolvido.

  3. Nuno

    Claro que a taxa é incobrável.

    Era incobrável (e provavelmente ilegal) quando era cobrada a todos os não munícipes, e incobrável é enquanto for para aplicar segundo o país de domicílio fiscal.

    Nem as companhias, nem a ANA, sabem o domicílio fiscal. Quando muito, sabem a nacionalidade. Mas as regras comunitárias não permitem descriminar cidadãos da UE (e.g. nas entradas em museus, podem isentar-se munícipes, mas não portugueses vs. UE).

    Isentar apenas os munícipes (e as ligações, etc) rendia uns 7M€/ano, isentar os portugueses deve render 3M€/ano. Isentar todos os da UE deve render menos de 500k€/ano. Nem deve dar para pagar a burocracia.

    São uns génios, estes gajos.

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