Indemnizar despedimentos finalmente em valores Europeus

Segundo o Diário Económico, os valores das indemnizações em Portugal baixam em Novembro para 6 a 13 dias por ano de antiguidade, alinhando assim Portugal com a média Europeia.

Finalmente será mais fácil contratar sem um medo tão grande de depois se ficar preso a uma pessoa que mais tarde se prove inapta para o trabalho. Ficam assim mais fáceis as contratações e ataca-se uma das causas do Desemprego, numa importante aproximação às práticas comunitárias.

A ver se evitamos isto:

17 pensamentos sobre “Indemnizar despedimentos finalmente em valores Europeus

  1. p D s

    EUREKA…e aleluia…agora é que a Economia Nacional vai disparar.

    Finalmente já :
    – despedimos como os Europeus.
    – indeminizamos de acordo com a media Europeia.

    o que é Fantastico !

    Portanto, já deve faltar muito pouco para:

    – Termos ordenados ao nivel da Europa.
    -Termos um “subsidio de adaptação” (vulgo Desemprego) de acordo com a Media Europeia.

    Acha que ainda vai ser este ano que isto vai acontecer ?

  2. Paulo Pereira

    Só quem nunca esteve a contratar pessoas pode afirmar ou comprovar que alguma empresa vai deixar de contratar alguem porque a indemnização passa de 20 para 10 dias.

    Alías em todos os inquéritos á competitividade em Portugal o factor indemnizações nunca apareceu.

    No entanto eu não discordo da medida, mas vai ter efeitos nulos ou quase no aumento do emprego.

  3. Carlos Novais

    “Só quem nunca esteve a contratar pessoas pode afirmar ou comprovar que alguma empresa vai deixar de contratar alguém ”

    Claro que deixa de contratar, o custo e risco de saída é muito mais baixo. O capital (e liquidez) necessário para cobrir prejuízos passa a ser menor.

  4. p D s

    ” Depois de ter em consideração a Produtividade Portuguesa, sim…”

    Ricardo, acredita mesmo no que afirma ?

    É que segundo alguns estudos, varias vezes se tem afirmado que, por exemplo, muitos dos Gestores Nacionais teem regalias acima da Media Europeia.

    Só gostava era de perceber como se consegue com “operarios inprodutivos” ter “gestores produtivos”…mas deve ser o tal Segredo do Negocio.

  5. AHHHHHHHHHH, já entendi porque razão apenas os ordenados de alguns estão ao nível (ou ultrapassam) dos ordenados europeus para os mesmos cargos. Pobre país, realmente, com trabalhadores tãoooooooooooo maus. Valham-nos os Mexias e companhia.

  6. António Joaquim

    As indmenizações devem acabar, é tão simples como isto. Esta medida só vai complicar.

  7. Ricardo Campelo de Magalhães

    Concordo que alguns grupos (gestores, médicos, professores, por exemplo) têm salários claramente acima do que deviam ter de acordo com produtividades respectivas e comparações Europeias. Talvez porque num país em que o Estado tanto mande, esses lobbies tenham boas ligações à classe política.
    O que só fortalece o meu argumento…

  8. p D s

    Então, Ricardo, e atendendo a que “concorda” que há gestores a receber muito acima da media europeia, proponho-lhe o seguinte desafio:

    – Vamos ver, agora com a legislação do trabalho alterada, quantos serão os Gestores despedidos por “inadaptação” …

    E claro está, se um gestor recebe muito acima da media, talvez “6 a 8 dias por ano de trabalho” de indeminização, dê para viver…

    …no entanto, se forem “6 a 8 dias” de um salario minimo, rapidamente perceberá que é apenas um “bilhete gratis” para a miseria !!!

    Juntando a isto, quer-me parecer que os problemas ESTRUTURAIS da nossa economia, tem muito mais a ver com as ESTRUTURAS e a forma como são geridas, doque propriamente pelos seus “componentes” de fim de linha…!

    Ou seja, o “barco” chegou aqui…por causa dos “remadores” … ou terão sido os “almirantes” e “homens do leme” q o teem conduzido erraticamente , sempre em direção aos seus interesses corporativos e pessoais ?

    (sim, não creio que o BPN tenha falido, porque o caixa produzia pouco….! etc .. etc…. etc ….)

  9. Ricardo Campelo de Magalhães

    “Vamos ver, agora com a legislação do trabalho alterada, quantos serão os Gestores despedidos por “inadaptação””
    Gestores inadaptados são despedidos pelos consumidores, com os trabalhadores competentes a serem contratados por outros gestores que o mercado escolha como mais competentes.
    Um gestor não recebe qualquer indemnização por perder o emprego.

    O barco chegou aqui porque remadores e homens do leme foram enganados pela ilusão de facilidades.
    Os gestores e os trabalhadores têm sempre como objectivo os seus interesses pessoais, sejam eles dinheiro ou outros meios de obter satisfação pessoal. O problema aqui foi a ilusão criada pelo crédito fácil e as garantias dadas pelo Estado de que tudo estaria sempre bem independentemente do que fosse feito.

  10. p D s

    “Um gestor não recebe qualquer indemnização por perder o emprego.” …a serio ???

    olhe q segundo se vai ouvindo, volta e meia nas noticias, são bastantes os gestores que ao abandonarem os cargos, levam sempre “reformas douradas” e indeminizações das boas, por exemplo:

    ” Rui Pedro Soares e Fernando Soares Carneiro receberam 1.797.544 euros de indemnização. Os valores constam no relatório de contas do primeiro semestre da Portugal Telecom (PT). ” (in: ionline.pt )

    “Os dois empresários atribuíram a si próprios um ordenado líquido de 20.555 euros, que receberam, na íntegra, nos meses de Abril e Maio, e depois rescindiram contracto no dia 16 de Junho de 2010, seis dias depois do anúncio da venda do grupo à sociedade Posibilitumm. Ambos cobraram uma indemnização de 18.168 euros.” (in: jornal de negocios )

    “Miguel Horta e Costa, Carlos Vasconcellos Cruz, Iriarte Esteves e Paulo Fernandes, ex-administradores executivos da Portugal Telecom, receberam 9,7 milhões de euros pela não renovação do mandato no ano passado. A informação, avançada no relatório e contas da PT, não discrimina o valor que coube a cada gestor, mas presume-se que o presidente executivo, Horta e Costa, tenha recebido mais. Dividindo o montante total pelos quatro gestores o resultado dá 2,4 milhões de euros a cada.” (in: DN)

    Será isto invenção … ou é parte do problema, que nunca se discute ??? em que medida os trabalhadores “fim de linha” são responsaveis por isto ?
    Até quando se vai encher a boca com a palavra “falte de Produtividade”, e se esquece toda esta parte do problema ?

  11. Ricardo Campelo de Magalhães

    Eu estava a falar de gestores, não de políticos…

    No mundo real onde eu me movo todos os dias aqui no Porto, quem fecha a empresa fica mal.

    Como acha tão mal a actuação desses políticos, posso contá-lo como mais 1 liberal?

  12. p D s

    Pois, se pretende contar-me como “mais 1 liberal”, esteja á vontade…
    embora confesse que para termos de indemnização preferia que me contasse como “politico”…!!!

    ( P.S – Mas :se ser “liberal” é considerar os “gestores executivos” como “politicos” e não como “gestores”… então se for assim, já não serei “liberal” )

  13. Ricardo Campelo de Magalhães

    E eu gostaria de estar em posição de lhe poder dar da minha fortuna pessoal indemnizações como “político”…

  14. p D s

    Mas no ambito detes dialogo sobre “Gestores/Politicos/Operarios/Produtividade”, deixo-lhe um pequeno exemplo, q vivi pessoalmente, e q julgo ser paradigmatico:

    – Durante dois anos, participei num projecto de desenvolvimento de software. Durante esse periodo, apliquei-me o melhor q consegui para cumprir com o q me foi pedido. trabalhei alguns fins de semana, e bastantes foram os dias que trabalhei até de madrugada (2, 3 da manhã!).
    – O projecto ficou concluído, e aquilo que me foi especificado, pelos meus superiores, ficou feito, a funcionar.
    – Até hoje não foi vendido a nenhum cliente.

    Pergunta: os custos do projecto (onde se incluem, para além dos meus, os de todas as horas de gestão, reuniões, testes, etc) não tiveram ainda 1 centimo de retorno.

    Perante isto o que se conclui, e quem é responsável pelo (até ver!) prejuízo:

    – falta de produtividade ?
    – ou falha de Gestão ?

    Apresento-lhe esta questão, porque como trabalho há 20 anos, tendo passado já por varias empresas das grandes (Publicas e Privadas), verifico que muitas das vezes, se chama “custos inerentes a falta de produtividade dos operários” a coisas como “erros de gestão” e de “organização de trabalho”.

    E julgo que o desperdício de recursos neste pais, advém muito mais de situações deste tipo, do que propriamente da “preguiça e inadaptação dos operarios fim-de-linha”.

    Percebi tambem pela experiencia que adquiri em varias grandes empresas nacionais (algumas do PSI-20), que nas chefias intermedias e á medida que se sobe na hierarquia, existe uma cultura enraizada de “coorporativismo atavico” e de “palmadinhas nas costas” onde se previligiam as “cumplicidades” ao inves das “competencias”…e tendencialmente quando se deteta um problema organizacional, a tendencia geral é mutio mais para uma atitude de : “Ok, em agora encubro-te a ti…e ficas-me a dever uma!” : doque propeiamente encarar os problemas e reportar os problemas, para que se resolvam (mesmo q impliquem, tirar o pé do chinelo, e confrontar pessoas e responsabilidades).

    E reconhecendo, q existiram bons e maus operarios e bons e maus gestores, parece-me que as grandes percas de produtividade, advem muito mais de questões organizacionais e de capacidade de gestão…doque propriamente de “preguiça dos operários de fim-de-linha”.

    E a solução quanto a mim tem de passar por aqui…por uma gestão mais rigorosa, frontal e capacitada (tanto a exigir excelencia, como a reconhecer e retribuir a excelencia!)

    e não uma gestão de despedimento fácil, e cada vez menor reconhecimento do valor do trabalho!

    (e por agora fico por aqui…antes que esteja a contribuir para mais percas de produtividade! pelo menos da minha.)

  15. Ricardo Campelo de Magalhães

    Por mim a solução passa por ambos: melhor gestão e maior brio por parte dos funcionários.
    Se bem que sim, também tenho a ideia que a culpa é mais da parte da gestão.
    Mas bem, a esses se correr mal… azarito: maiores retornos implica maior exposição ao risco (como no caso desses seus patrões).
    Para aumentar o rigor na gestão, nada como menos Estado, menos bailouts, menos salvamentos a empresas falidas.

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